Primeiro veio o Tobias, depois o Batatinha, depois o Miguel e depois a Mila. Quando o Batatinha tinha oito meses descobrimos, pelo ultrassom, uma doença de herança genética, muito comum em gatos persas, o PKD (doença dos rins policísticos). Desde então, tenho lutado para divulgar e conscientizar as pessoas sobre a existência desta doença.
A doença não tem cura, evolui para insuficiência renal e termina com óbito.
Acredito que exigir o teste de PKD ao adquirir um gato, principalmente da raça persa, possamos, no futuro, diminuir a herança genética, dizendo não aos criadores de má fé que se aproveitam da falta de informação das pessoas.
Foi com esse intuito que nasceu o Blog do "Batatinha elurofilia". Meu intuito é dividir minha vivência com meus "filhos" com outros elurófilos, simpatizantes e amantes de gatos, além de trocar experiências e informações relacionadas ao mundo felino.

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Sorriso de gato


“Como nossa percepção sensorial é bastante distinta daquela dos nossos amigos felinos, delegamos como beijo do gato o comportamento de tocar o focinho nos nossos rostos”

Sabe aquela carinha que os gatos fazem quando estão ao seu lado? Um olhar entreaberto, um “olhinho” com charme e sono ao mesmo tempo? Hoje, vamos conversar sobre esse comportamento.
Sim, é um comportamento, mas não de sono, preguiça ou o que o valha. Os gatos estão esforçando-se para estabelecer uma comunicação, passar uma mensagem para seus responsáveis. Muitos de nós até achamos uma graça esse olhar que, quase sempre, está acompanhado do “motorzinho” e/ou “tocar pianinho”.
Um gato comunica-se com outros gatos através de uma série de elementos comportamentais específicos da espécie. Como não exibimos movimentos tão exuberantes das orelhas, não temos uma cauda longa e vívida e, ainda, não eriçamos os pelos do corpo tão evidentemente, restam à comunicação entre o gato e o homem outras ferramentas para trocarem informações.
Gatos nos olham, em uma circunstância ambiental e social bastante reconfortante, de um modo especial. Estamos sentados na mesa do computador e os nossos felinos estão lá. Subitamente quando os olhamos, eles fecham lentamente os olhos, às vezes os abrem e tornam a fechá-los lentamente.
Quando piscamos lentamente para o gato estamos enviando uma mensagem: Pode ficar tranquilo, você pode relaxar. Não se sinta ameaçado!
Olhar de “vontade de dar um beijo”. Quem resiste?
Nossa falta de conhecimento não permite que prestemos atenção em tal detalhe surpreendente: os gatos lentamente piscam em nossa direção. Associado aos olhos, nós podemos observar um grupo de outros elementos comportamentais que ajudam a estabelecer a comunicação. Além do “motorzinho” e o “tocar pianinho”, temos posturas corpóreas compatíveis com o relaxamento.
Contudo, o mais importante não é somente o olhar, é o fechar e abrir lentamente as pálpebras. Um piscar lento nos parece uma sinalização de satisfação plena, ainda que não seja acompanhado necessariamente de contatos físicos. Muitos gateiros chamam esse comportamento de beijo dos gatos. Como nossa percepção sensorial é bastante distinta daquela dos nossos amigos felinos, delegamos como beijo do gato o comportamento de tocar o focinho nos nossos rostos.
Mas, independente da denominação, prestem atenção neste comportamento dos gatos. Bem, depois de observar o comportamento, podemos avançar para a segunda sugestão do post: podemos retribuir o “beijo”. Podemos fechar e abrir nossas pálpebras lentamente e enviar uma mensagem para o (a) nosso (a) gato (a). Lendo este post, você pode até pensar: o que fazer com aquele apertão que eu dou no meu gato acrescido com uma bitoca no meio das vibrícias?
E por último: gatos não “beijam” todo mundo, apenas os associados preferenciais, não espere receber um “beijo” de um gato desconhecido (se receber, leve-o para casa), O “beijo” só acontece em meio a circunstâncias favoráveis e, jamais, jamais, agarre o gatão depois que perceber que tudo que está neste post é verdade.
Se ele piscar (“beijar”) para você, controle a emoção, devolva o piscar dos olhos bem lentamente e só. Depois você abraça e beija. Se o fizer depois do “beijo” ele pode repensar em mandar uma piscada para você na próxima oportunidade.

Por Carlos Gabriel Almeida Dias
Médico veterinário (CRMV/RJ 4897)
Mestre e doutor em Ciências Veterinárias
cgabrielvet@hotmail.com


quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Por uma cura natural





Recorrer a tratamentos não convencionais pode ser uma boa saída para pets doentes. Conheça os métodos naturais mais usados
Ver o pet com dores e sem vontade de brincar é preocupante. Portanto, as mais variadas formas de tratamento para os problemas de saúde do seu bicho de estimação são sempre bem-vindas. Uma das opções aos tratamentos veterinários usuais é a chamada medicina natural. “É interessante superar o termo terapia alternativa porque dá a ideia de que ou só se faz ela ou só se usa a alopatia (medicina tradicional). No caso, o que usamos é a medicina natural — ou complementar, pois o tratamento dos dois ramos pode ser feito em conjunto”, explica o veterinário Rodrigo Fagundes.
Especialista em acupuntura para animais, Rodrigo começou há três meses o tratamento do gato persa Batatinha — caso que a Revista acompanhou em reportagem do ano passado. Sofrendo com a doença do rim policístico ou PKD (do inglês Polycystic Kidney Disease), de incidência exclusiva em bichanos, Batatinha, agora com dois anos e meio, iniciou a nova terapia por indicação de sua veterinária. Hereditária e de difícil cura, a doença muitas vezes pode diminuir a expectativa de vida do animal, mas o pet vem apresentando melhoras significativas com o novo método. “Nesse breve período, dos três cistos que ele apresentava, um desapareceu e outro diminuiu” diz, animada, a professora Renata Porto, 35 anos, dona do gato.
Para a veterinária Fernanda Vinci dos Santos, entre diversas vantagens, as técnicas naturais têm como ajudar a recuperação dos pacientes que não melhoram com os remédios convencionais. Fernanda alerta, porém, que, apesar de a medicina natural ter características mais seguras que a convencional, não é aplicável a todos os casos. A especialista explica que é importante prestar atenção se o pet não apresenta, por exemplo, desidratação ou estado delicado de saúde. “É incorreto e irresponsável não tratar, em determinados casos, com medicação intravenosa ou cuidados hospitalares. Também é verdade que algumas técnicas naturais aplicadas incorretamente podem retardar o diagnóstico correto”, esclarece.
Como exemplos da medicina complementar, especialistas citam, principalmente, as seguintes áreas: acupuntura, homeopatia, fitoterapia, florais de Bach, autonosódios e oligoelementos. “A homeopatia e a acupuntura veterinárias já são especializações homologadas pelo Conselho Federal de Medicina Veterinária e, no entanto, ainda são um tabu, seja por preconceito ou por desconhecimento do que significam em sua abrangência e benefícios”, analisa Fernanda.
Agulhadas eficazes
Um dos ramos da medicina tradicional chinesa, a acupuntura tem suas origens na Dinastia Zhou —período de 1.122 a 770 a.C —, mas apenas se difundiu no Ocidente na primeira metade do século 19. Rodrigo diz que a teoria básica das técnicas veterinárias é a mesma das aplicadas em humanos. O grande diferencial, porém, é a forma de diagnosticar as doenças e o uso de algumas técnicas. “Por exemplo, somente usamos o chamado implante de ouro em animais. Implantamos neles, para o resto da vida, pequenos fragmentos de ouro em pontos de acupuntura, visando o estímulo contínuo desses pontos”, explica.
Esse método é usado em casos de patologias crônicas — tais como displasia coxo-femoral (malformação da articulação que se localiza entre o fêmur e a bacia do animal) e epilepsia. O uso do ouro é feito porque o metal não provoca irritação no local do implante nem rejeição a longo prazo. Seu uso é indicado para tratamentos de longa duração. “Também podemos substituir as agulhas por equipamentos com molas quando o animal é muito reativo e inquieto”, diz.
O lhasa apso Isac, de 7 anos, teve problemas, por duas vezes, com a doença chamada hérnia cervical, antes de sua dona, a estudante Débora Tristão, 21 anos, ir procurar alternativas de tratamento. Isac sentia muitas dores e chegou a fazer cirurgia em busca da melhora, mas sem efeito. “Parecia que a dor estava piorando. Compramos muitos remédios, com doses altas de anti-inflamatórios, mas ele nem ficava em pé”, recorda-se. Para piorar a situação, enquanto se recuperava da intervenção cirúrgica, Isac desenvolveu outra hérnia, agora na região lombar.
“Era desesperador vê-lo chorando. Teve até um dia que um vizinho se ofereceu para pagar uma consulta no veterinário, como se não tivéssemos tentando ajudar”, conta Débora. A família até pensou em sacrificar o pet para acabar com o seu sofrimento, mas, há cerca de um mês, Isac começou um novo tratamento — com acupuntura e fitoterapia — que vem ajudando-o a se recuperar. De acordo com sua dona, já depois da primeira sessão, o pet conseguia se levantar e caminhar normalmente. “Se eu não tivesse acompanhado a história, acho que nem acreditaria. Mas a melhora é visível”, garante.

Outras formas de acupuntura
 Quimiopuntura : É realizada por meio de injeção medicamentosa, com substâncias em doses menores, diretamente no ponto de acupuntura. Dessa forma, o efeito é potencializado.
 Laseracupuntura: Muito comum em aves, filhotes, animais pequenos e agitados, apresenta resultados eficientes no tratamento de doenças inflamatórias. Também auxilia a cicatrização de feridas ou lesões dermatológicas.
 Moxabustão:Técnica que consiste no aquecimento dos pontos de acupuntura a partir da combustão de uma erva medicinal conhecida como artemísia. Ideal para patologias mais comuns no frio, como artrite e artrose. O seu uso facilita a introdução, caso necessária, da agulha de acupuntura, pois causa maior dilatação dos poros da pele.
Outras técnicas naturais de tratamentos
Homeopatia:  Os remédios homeopáticos são produzidos com elementos dos reinos vegetal, mineral e animal. Primeiramente, as substâncias são diluídas e, posteriormente, dinamizadas (agitada por diversas vezes) para que a possível toxicidade dos elementos seja atenuada e o potencial curativo, aumentado. “Podemos fazer produtos até mesmo com substâncias de outros remédios que estejam causando intoxicação. É como se fosse um antítodo para minimizar os efeitos colaterais, mas sem inibir seu efeito inicial”, explica Fernanda Vinci.
Fitoterapia: Já na fitoterapia, os remédios são produzidos apenas à base de plantas — os elementos vêm das folhas, galhos, flores, frutos ou raiz. São usados em diversos tipos de doenças. Mas Fernanda avisa: “É errôneo o conceito de que as plantas, por serem remédios naturais, são livres de riscos e efeitos colaterais. Sempre consulte um especialista em fitoterapia ou farmacologia”.- Florais de Bach — Diferentemente da fitoterapia, atua essencialmente no comportamento psíquico ou comportamental dos animais ou das pessoas. É feito, essencialmente, das flores das plantas, atuando no combate a desequilíbrios, como medo, agressividade, ansiedade, indisciplina, estresse, entre outros.
 Autonosódio: É uma forma de produzir remédios com o uso de tecidos ou secreções do próprio animal. Substâncias da urina, por exemplo, são diluídas em álcool para que, em pequenas doses, seja possível o corpo reconhecer o elemento que está gerando o problema e combatê-lo.
 Oligoelementos: A técnica chegou ao Brasil por volta de 10 anos atrás, mas existe na França desde a década de 1930. Geralmente, faz-se a reposição de metaloides em deficiência nos organismos — tais como cobre, magnésio, entre outros —, sempre com doses mínimas. Ajuda a melhorar o desempenho do corpo e as desestabilidades. Um tratamento similar, mas com conceito diferente, é o ortomolecular. Nele, são usadas altas doses de substâncias.

Agradecimento: Caanes – Acupuntura Veterinária
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/revista/2011/09/08/interna_revista_correio,268958/por-uma-cura-natural.shtml

sexta-feira, 8 de julho de 2011

O que devo observar no gato idoso?


O envelhecimento é um processo inevitável e irreversível, contudo, o estado débil atribuído muitas vezes ao gato geriátrico, na realidade pode ser oriundo de uma enfermidade que pode ser corrigida ou pelo menos tratável pelo médico veterinário.
Deve-se diferenciar as mudanças inerentes ao processo de envelhecimento daquelas em função dos processos patológicos.
O ciclo de vida do gato pode ser dividido em quatro estágios: filhotes-faixa etária compreendendo 6 a 8 meses; adultos- animais com 1 a 7 anos de idade; idosos- entre 8 a 12 anos e; geriátricos- após os 12 anos.
O número de gatos idosos e geriátricos vem aumentando no atendimento clínico diário. Isso se deve pelo aumento da preferência do felino como animal de estimação e pelo fato da medicina veterinária preventiva ter evoluindo muito.
Hoje, os gatos são favorecidos pelos programas de vacinação, dietas mais adequadas para a faixa etária e de prescrição (segundo as enfermidades), além da evolução das técnicas para obtenção de um melhor diagnóstico, soma-se ainda, a participação de proprietários mais conscientes e zelosos pela saúde do seu gato. Tudo isso fez com que a expectativa de vida dos gatos, que era de 10 anos, passa-se para 15 anos.
Se estimarmos em 15 anos a longevidade média de um gato, este atingirá o último terço de vida ao redor dos 10 anos de idade, o que corresponde a uma definição comum de envelhecimento qualquer que seja a espécie envolvida.
Neste estágio, geralmente aparecem sinais que chamam a atenção dos proprietários: falta de dinamismo, sonolência, alteração do pêlo. A expectativa de vida máxima de um gato é geneticamente programada.
Ao contrário do que ocorre com os cães, a raça tem uma influência desprezível na expectativa de vida do gato, mas por outro lado, esta última varia consideravelmente em função do ambiente do animal.
Para um gato que vive fora de casa, a expectativa de vida é de apenas 10 anos, mas um animal confinado em um universo muito protegido atinge 18 a 20 anos de idade. Alguns gatos são conhecidos por terem vivido mais de 30 anos.
Hoje em dia os gatos são castrados com muita freqüência e vivem cada vez mais no interior das casas: portanto, eles estão menos expostos a acidentes.
Uma alimentação apropriada e de qualidade permite combater os fenômenos patológicos e fisiológicos ligados ao envelhecimento, manter o peso do gato em seu nível ideal, e contribuir para a prevenção de problemas urinários.
O conhecimento da influência do envelhecimento em cada um dos sistemas orgânicos aumenta a capacidade para criar critérios para os meios de diagnósticos, para planejar programas de prevenção de doenças e instituir terapias adequadas.
Os gatos idosos e geriátricos são mais sedentários, menos enérgicos, menos curiosos e mais restritos em suas atividades. Eles se ajustam lentamente as mudanças da dieta, atividades e rotina. Eles são menos tolerantes ao calor ou frio extremo. Eles procuram locais confortáveis aquecidos e dormem por longos períodos. Os pêlos apresentam-se embolados, secos e sem brilho, visto que os gatos idosos costumam perder o interesse de se lamberem. Quando manipulados, são mais fáceis de irritarem. Muitas das mudanças comportamentais ocorrem pelas alterações nos órgãos dos sentidos: diminuição da audição, da visão e do olfato. As unhas são pouco desgastadas e é comum vê-las introduzidas nos coxins. Eles apresentam dores articulares de forma insidiosa, em função de doenças degenerativas das articulações, é notória a presença de fraqueza muscular e perda de tônus muscular, principalmente nos membros.
Tudo isso faz com que os gatos restrinjam sua atividade e habilidade para participar da vida familiar. Muitos gatos ficam tão carentes com o afastamento que começam um processo de lambedura compulsiva, levando as áreas extensas de alopecia, ou iniciam com o distúrbio de eliminação de urina ou fezes em locais inapropriados.
Viagens e hospitalizações são pouco toleradas pelos gatos idosos. Tais gatos se alimentam pouco ou ficam anoréticos, muito ansiosos e dormem pouco. É melhor deixá-los em casa sob os cuidados de alguém familiar (“cat-sitting services”).
Constipação é um dos problemas freqüentes do gato idoso. Os fatores de risco são: falta de exercício, retenção fecal voluntária, dieta inapropriada, dor por impactação da glândula adanal, redução da motilidade intestinal e fraqueza da musculatura intestinal. As fezes se apresentam mais ressecadas e endurecidas.
Doenças periodontais levam aos processos extremamente dolorosos e fazem com que os gatos recusem o alimento. A perda de peso é um problema sério no gato idoso e deve ser investigada se é devido a problemas dentários, endócrinos, afecções de má absorção e/ou a uma percepção mais fraca dos odores e sabores dos alimentos.
O gato é por natureza um grande consumidor de proteínas, não há razão alguma para reduzir drasticamente o fornecimento protéico quando ele envelhece. Esta restrição poderia ser prejudicial a sua saúde. Enquanto que a restrição protéica não permite retardar o envelhecimento do rim, por outro lado aconselha-se uma diminuição de fósforo na dieta. Com esta medida pode-se esperar um retardamento do declínio da função renal.
Os alimentos que acidificam a urina dos gatos são desaconselhados após os 10 anos de idade. Estes alimentos parecem favorecer o desenvolvimento de cálculos urinários de oxalato, os quais são mais frequentemente observados em gatos idosos. Além disso, é melhor evitar alimentos acidificantes em animais cuja função renal poderia estar prejudicada.
Com conseqüência de um aumento na expectativa de vida do gato, observamos cada vez mais as doenças crônicas. As doenças encontradas com maior freqüência em gatos idosos são em ordem decrescente de importância: 1) insuficiência renal crônica, 2) problemas dentários, 3) tumores (adenoma funcional da glândula tireóide, acarretando em hipertiroidismo), 4) degenerações ósseas e musculares, 5) doenças cardiovasculares e 6) diabetes mellitus.
O programa preventivo de saúde para o gato idoso deve ser iniciado a partir da faixa etária de 7 a 11 anos de idade e deve continuar por todo resto de sua vida. Esse programa tem sido recomendado pela Associação Americana de Clínicos Especialistas em Felinos e pela Academia de Medicina Felina, em 2005, num painel para reportar os cuidados com o paciente felino idoso.
Caso o gato não demonstre nenhum tipo de doença, este deve constar: avaliação completa da história médica pregressa e do comportamento do animal, exame físico completo (peso, temperatura, pulso, freqüência respiratória e cardíaca, coloração da membrana de mucosa e tempo de preenchimento capilar, estado de hidratação), ajudam a estabelecer o que está normal e reconhecer o mais cedo possível o que está errado, tais como murmúrio cardíaco, dor, a presença de rins irregulares e pequenos ou nódulos na tireóide. É fundamental avaliar o peso do animal e as condições corpóreas e compará-las com aferições anteriores, para verificar se houve perda ou ganho substancial.
A mensuração da pressão arterial pode se feita de forma indireta usando o método Doppler, usando um aparelho de doppler e um esfigmomanômetro manual acoplado a uma braçadeira. Assim, pode-se detectar hipertensão sistêmica antes que haja dano em algum órgão ou hemorragia ou descolamento de retina. O ideal para o valor da pressão no gato é 145 a 160 mmHg ou menos (pressão arterial sistólica).
A avaliação clínica laboratorial consiste hemograma completo, proteínas totais e plaquetas, bioquímica sérica creatinina, potássio, fosfatase alcalina, alanina aminotransferase, concentração de T4 total por radioimunoensaio, urinálise, teste para detecção da presença do FeLV ou anticorpos para o FIV. Além disso, exames fecais devem ser feitos em gatos expostos a ambientes de risco.
A recomendação para pacientes que estejam portando alguma enfermidade é similar as anteriormente mencionadas associadas aos exames específicos para as afecções.


Fonte: http://www.gatosegatos.com.br/faq.htm

quarta-feira, 6 de julho de 2011

A culpa NÃO é do gato!

Toxoplasmose, e daí?


Por Fátima Borges 

Se você cozinha bem as carnes que come, se lava bem as frutas, legumes e verduras, se não bebe leite cru ou sem ser fervido e, se tem hábitos de higiene, não há o porquê de temer o protozoário Toxoplasma gondii, causador da toxoplasmose.
O parasita só infecta o homem e os animais se os cuidados acima forem negligenciados. Segundo o Dr.º Humberto Augusto Clementi, Médico-veterinário (CRMV SP 2711), a maioria da população brasileira tem anticorpos contra a toxoplasmose e que estima-se que 50% da população já tenha se infectado com o toxoplasma, mas somente uma pequena porcentagem desenvolveu a doença.
Ainda, de acordo com o Dr.º Humberto a principal causa da toxoplasmose no homem se deve a ingestão de carne crua ou mal passada, ou por alimentos contaminados com fezes de animais, que eliminam as formas infectantes da doença (oocistos).
É importante, digo, ter-se o maior cuidado ao saborear aquele churrasquinho mal passado, tão apreciado nos finais de semana!
Normalmente as pessoas que ficam com toxoplasmose nem ficam sabendo que a tiveram, confundindo seus sintomas com os de uma gripe. No entanto, a doença pode se manifestar de forma mais severa, com a grande quantidade de pessoas afetadas pelo vírus da AIDS, a questão da toxoplasmose tornou-se bem mais séria em termo de saúde pública, diz a Drª. Andréa Lambert.
Como ainda não se conseguiu vacinas eficientes, a carne crua ou mal passada e o leite não fervido (principalmente o leite de cabra) devem andar bem longe de você e de seu bicho para que por sua culpa o animal não contraia a toxoplasmose. Mas, estatisticamente falando, é raro que um cão ou um gato transmita a doença para o homem, sendo muito mais fácil à transmissão por outros meios, daí a necessidade de:
• Não comer carne crua ou mal passada;
• Limpar e desinfetar sempre a caixa de areia de seu bichano;
• Lavar as mãos após o contato com o solo ou usar luvas;
• Lavar as mãos após o manuseio de carne crua;
• Não beber leite cru ou sem ser fervido;
• Lavar bem as frutas e verduras antes de comê-las;
• Tomar cuidado com tanque de areia, onde as crianças brincam, e, se possível cobri-lo quando não estiverem brincando (controlar moscas e baratas que podem servir de hospedeiros).
A manipulação de gatos por gestantes é considerada segura, pois mesmo que o gato doente esteja no período de eliminação dos cistos (que dura somente 15 dias e ocorre somente uma vez em toda a sua vida), eles não estarão em sua forma contaminante, porque é preciso pelo menos 24 horas para que isso aconteça. Além do que, os gatos possuem hábitos de higiene muito desenvolvidos, pois não ficam em contato com suas próprias fezes, e se limpam boa parte do dia.
Na realidade, brutalmente falando, para se contaminar com a toxoplasmose será necessário que se ingira os cistos, provenientes das fezes de gatos contaminados, e, que as mesmas estejam mais de 24 horas esperando para serem ingeridas, o que não acredito que uma pessoa normal o faça, concordam?
E, se o seu gatinho contrair a toxoplasmose, é quase certeza que a culpa é sua, principalmente, se o mesmo não tem como, nem onde caçar e menos ainda conseguir, sozinho, o seu leitinho.
Por isso, tranqüilamente repito: 
TOXOPLASMOSE, E DAÍ? E, O MEU GATO COM ISSO?

 

Ronronar do Gato: Uma nova Terapia




Até há pouco tempo pensava-se que os gatos ronronavam apenas para expressar felicidade. Estudos recentes mostram que o gato ronrona também quando está doente ou quando se sente ansioso. Pensa-se que a razão por detrás desta estranha condição é a de que para o gato, ronronar é uma espécie de terapia que ajuda a fortalecer ossos e a facilitar a respiração. Com base nestes dados, estuda-se já a aplicação de vibrações baixas em humanos.


O que é?

Ronronar não é exclusivo dos gatos domésticos. Todos os felinos são capazes de ronronar, incluindo os grandes gatos, como a chita, o leão, o tigre e o leopardo, embora até pouco tempo se pensasse que apenas os pequenos felinos fossem capazes de ronronar.

Apesar de não ser raro conseguir ouvir um gato a ronronar, parece ser difícil conseguir estudar este fenômeno. Isto porque assim que um cientista se propõe a iniciar o estudo, o gato interrompe o ronronar. Existem, contudo três teorias mais divulgadas que pretendem explicar os mecanismos por detrás do “roooonnnn”:

Para além da laringe, de onde os gatos soltam todos os outros sons, estes animais possuem pregas vestibulares, também chamadas de falsas cordas vocais. Esta teoria defende que ao respirar, o gato faz vibrar estas pregas produzindo o ronronar. Esta teoria tem vindo a perder adeptos.

Uma segunda Escola de pensamento defende que o gato contrai os músculos da laringe, aumentando a pressão e criando as vibrações responsáveis pelo ronronar. Esta teoria é sustentada por testes electromagnéticos que indicam que os músculos dos gatos estão a vibrar enquanto o gato ronrona.

A mais recente teoria, que tem vindo a ganhar força, defende que o ronronar não está ligado à passagem de ar, mas sim ao fluxo sanguíneo. A vibração terá assim origem na veia cava. A contracção dos músculos junto à veia, perto do diafragma, origina uma alteração do fluxo sanguíneo provocando oscilações. Estas oscilações viajam pelos brônquios e pela traqueia, onde são amplificadas. Uma das bases de sustentação desta teoria é a existência de gatos com danos na traqueia e nas cordas vocais que o tornam incapaz de produzir sons, mas que são capazes de ronronar.
Esta mesma teoria defende que quando o gato apresenta as costas arqueadas, a velocidade do fluxo sanguíneo é maximizada e o volume do som é mais alto.


O que significa?
O primeiro som que a mãe transmite aos filhos é um ronronar. As gatas ronronam a dar à luz, pensa-se que para transmitir aos filhos uma sensação de segurança. O curioso é que a audição dos gatos recém-nascidos é muito pobre, o que parece indicar que a vibração produzida ao ronronar é mais importante para as crias do que o próprio som.

Os gatos ronronam quando são acariciados, o que indica que o fazem quando estão contentes. Mas não são raros os casos de gatos domésticos que ronronam quando se encontram com algum problema de saúde e mesmo quando estão com dores.

Foi esta descoberta que levou que a que os cientistas se voltassem a interessar pelo ronronar dos gatos mais recentemente.


Terapia do Som

O ronronar dos felinos varia entre 20 a 150 Hertz, embora a média dos gatos domésticos seja entre 25 e 50 Hz. Estudos no campo de animais associam a exposição a vibrações graves ao aumento da densidade óssea. Daí venha talvez a expressão de que o gato tem nove vidas, devido à sua capacidade de curar mais facilmente do que os outros animais, os ossos partidos, tendões danificados, problemas musculares, etc.

Mas o ronronar parece não estar apenas relacionado com os músculos e ossos. É famoso o caso de um gato que não conseguia respirar ao ponto de os veterinários estarem a ponderar a eutanásia. Mas para espanto dos profissionais, assim que o gato começou a ronronar, as vias respiratórias abriram-se e gato conseguiu respirar normalmente.


Aplicação em humanos

Parece que não subsistem dúvidas quando à influência positiva do gato na saúde dos humanos. Acariciar um gato reduz o estresse e diminui a tensão arterial. Com estas novas descobertas acerca do ronronar dos gatos, alguns especialistas vão ainda mais longe e afirmam que o ronronar dos gatos não só ajuda a reduzir o estresse e fortalece o sistema imunitário como também alivia a dor, sobretudo as dores de barriga e de cabeça. Tudo por causa das vibrações e sons graves que produz.

Os gatos já são usados em terapias com humanos, da mesma foram que muitos outros animais, como golfinhos, cavalos e cães. Este uso nunca foi uma terapia para curar problemas físicos como dores localizadas. Mas agora já sabe, quando tiver uma dor de barriga, coloque o gato no colo e faça-o ronronar. Quando tiver uma dor de cabeça, deite-o junto à sua cabeça e acaricio-o. Quem sabe se no futuro, os médicos não começarão a receitar a aquisição de uma gato como terapia para pernas partidas e enxaquecas?


Fonte: www.vivapet.com.br

Seu gatinho adora fazer massagens em sua barriga?



“Amassar o pão”, “tocar pianinho” ou “fazer massagem”, seja qual for o nome que você utiliza para este comportamento, todos os gateiros sabem exatamente do que estou querendo tratar neste artigo.
Gatos movimentam suas patas alternadamente, expondo ligeiramente as garras em um movimento rítmico bastante característico de bem-estar e aceitação de aproximações.
Alguns gatos são observados realizando este comportamento sem estarem com as patas apoiadas em alguma superfície. No colo, quando é erguido ou está deitado com as patas livres após os limites de uma mesa de jantar, “amassa o pãozinho” sempre que visualiza um ser humano considerado pelo gato um *afiliado preferencial.

Encontrando os porquês...
Existem algumas teorias para explicar a origem (ontogênese) deste comportamento. A primeira refere-se obviamente ao comportamento que os neonatos exibem quando estão sugando as tetas de suas mães (biológicas ou adotivas permanentes/temporárias).
Massageiam a região mamária e recebem neste momento o leite que gera uma plenitude de conforto. Na fase adulta o comportamento acompanha exatamente circunstâncias geradoras de conforto e tranquilidade.
Outra teoria está concentrada na possibilidade de os movimentos das patas (comportamento) aumentarem a eliminação de secreções de glândulas especializadas desta região e, assim, potencializam a demarcação/comunicação olfatória.
E, finalmente, também poderia estar relacionado ao comportamento de preparação de superfície com folhas e outros elementos naturais para serem utilizados como “cama” ou “ninho”. Tais motivações acompanhadas da segurança e bem-estar poderiam justificar a exibição deste comportamento em nossos gatos domiciliados.
Bem, o mais importante é lembrar que alguns comportamentos descritos como espécie específicos (ou seja, típicos dos gatos) são fortemente estabelecidos e não podem ser eliminados de uma hora para outra. 
Imagine a seguinte situação: o gatinho está imbuído de toda liberação de endorfinas na interação com você e no ambiente onde se sente calmo e confiante. Subitamente uma das garras atravessa a calça jeans e fere sua pele. Em uma reação quase que espontaneamente, você grita em um tom hostil e movimenta-se em rejeição à interação do gato.
Nem vou discutir o que aconteceu com a pobre cabecinha do bichano. Quem ainda tiver dúvidas sobre o que passou pela cabeça do gato, envie um comentário e voltamos a discutir mais sobre esse assunto. Um forte abraço e saudações felinas para todos!

*Não afiliado é aquele que não faz parte do grupo social. Indivíduo que não tem permissão para acesso ao território do gato. 

*Afiliado: Indivíduo que compartilha a maior parte do território com o nosso gato do exemplo. Normalmente compartilham interações mútuas como esfregar partes do corpo, lambedura, toques de focinho, etc. 

Os afiliados poderão ser preferenciais ou não preferenciais: Poderão compartilhar de um modo mais franco e constante ou menos intensamente e respeitando limites de aproximação embora coabitem o mesmo território respectivamente.

Por: Carlos Gabriel Almeida Dias, médico veterinário (CRMV/RJ 4897)
Mestre e  Doutor em Ciências Veterinárias.
cgabrielvet@hotmail.com

terça-feira, 5 de julho de 2011

VIRBAC lança microchip para animais


BackHome BioTec microchip é produzido com polímero altamente resistente e biocompatível. O microchip com o polímero BioTec é cerca de 22% mais leve que os transponders de vidro. Esse bio-polímero, chamado PMMA, é aprovado pelo FDA.O transponder BackHome obedece rigorosamente os padrões internacionais ISO 11784. O código do microchip contém 15 dígitos e está inscrito em 6 etiquetas de código de barras auto-adesivas , que podem ser colocadas em todos os documentos oficiais do animal (certificados de vacinação, fichas de registro). BackHome possui um banco de dados mundial para cadastramentos de animais identificados eletronicamente. Nele é possível cadastrar, procurar animais perdidos e localizar os donos de animais encontrados. O cadastramento é simples e seguro, feito através do site www.backhome.com.br.

Modo de usar

O microchip deve ser aplicado através de seu injetor descartável, no tecido subcutâneo, na reigião dorsal do animal. O aplicador já é carregado com o microchip. A aplicação é rápida, simples e indolor.
Vantagens

• Exclusivo bio-polímero PMMA: maior segurança, menor risco de migração,
material inquebrável.
• Exclusivo aplicador ergonômico com sistema “click anti-retorno”.
• Segurança e credibilidade do líder mundial em identificação eletrônica de
animais de companhia.
• Pronto para uso.
• Aplicadores individuais e microchips esterilizados.
• Leitora ISO com memória para mais de 1.000 códigos.
• Banco de dados mundial.

Maiores Informações:
www.virbac.com.br
www.backhome.com.br.