Primeiro veio o Tobias, depois o Batatinha, depois o Miguel e depois a Mila. Quando o Batatinha tinha oito meses descobrimos, pelo ultrassom, uma doença de herança genética, muito comum em gatos persas, o PKD (doença dos rins policísticos). Desde então, tenho lutado para divulgar e conscientizar as pessoas sobre a existência desta doença.
A doença não tem cura, evolui para insuficiência renal e termina com óbito.
Acredito que exigir o teste de PKD ao adquirir um gato, principalmente da raça persa, possamos, no futuro, diminuir a herança genética, dizendo não aos criadores de má fé que se aproveitam da falta de informação das pessoas.
Foi com esse intuito que nasceu o Blog do "Batatinha elurofilia". Meu intuito é dividir minha vivência com meus "filhos" com outros elurófilos, simpatizantes e amantes de gatos, além de trocar experiências e informações relacionadas ao mundo felino.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Infecção urinária x aplicação de soro

Quando você perceber que seu gato, ao urinar, demora mais do que o usual, e que ele procura muitas vezes, seguidas, a caixa sanitária, investigue.
Descobri que o Miguel estava com cistite quando percebi que ele visitava, bastante, a caixa sanitária, e geralmente, quando ele não está bem, ele joga toda areia da caixa para fora.
Achei estranho e anormal pois ele passava a maior parte do dia na caixa sanitária. Resolvi acompanhar de perto. Constatei que a cada micção a quantidade de urina  era mínima (equivalente a uma gota) . Após isso, ele lambia, muito, o pênis.
Percebi isso num dia e no outro já procurei a veterinária dele.
Sei da gravidade de problemas urinários e renais em gatos e que isso é um problema muito comum, infelizmente.
O Miguel foi submetido a exames, ultrassonografia e foi constatado muitos cristais na bexiga e então, solicitado que ele ingerisse muita água. (enquanto esperávamos o resultado da cultura de urina - o resultado desse exame demora alguns dias)
Mas, como fazê-lo ingerir uma quantidade significativa de água?
Na seringa, eu sei o sofrimento que é. Leva-se muito tempo, o gato fica estressado, o proprietário mais ainda, e é muito comum o gato rejeitar tal procedimento, engasgando, devolvendo a água,  e além disso, acho, particularmente, uma forma um pouco “violenta”.
Gato nenhum gosta de nada forçado, nenhum gato faz o que queremos, o que mandamos, gatos possuem personalidade.
A ingestão de água na seringa é necessária várias vezes ao dia. (120ml  no mínimo)
Por isso tudo não hesitei. Sabendo da possibilidade de aplicar o soro subcutâneo, pedi à veterinária que me ensinasse. Sei que muitos proprietários são resistentes e não aceitam aplicar o soro subcutâneo. Mas, o que posso  garantir é que é o meio mais eficaz, rápido (dura no máximo 3 minutos) e tranqüilo de hidratar o gato e limpar sua bexiga.
Miguel recebendo soro subcutâneo
É verdade que a agulha é grossa, mas também ela fura muito facilmente.
O Miguel estava com uma quantidade considerável de cristais, e consegui diluí-los em 7 dias. Com doses únicas, rápidas, diárias.  Além disso, troquei a ração por uma específica para problemas urinários.
A aplicação do soro é feita na pele do pescoço (parte posterior), no local onde  a mãe carrega o filhote. Não dói, com certeza.
Acredito que o gato se estressa ao sentir que estamos com medo e inseguros.
Ao aplicar no Miguel notei que a pele dele é bem fininha, a agulha entra facilmente. Quando precisei aplicar no Batatinha, a realidade foi outra. A pele do Batatinha é bem resistente e o Batatinha não é tão tranqüilo como o Miguel. (aplico, no Batatinha, uma vez por semana um outro tipo de soro com a finalidade de adiar a insuficiência renal)
Claro, que muitos gatos, ficam nervosos, resistentes à aplicação, chegam a ser violentos, mas é necessário que o proprietário mantenha a calma e seja incisivo. 
(Se for o caso, peça ajuda de alguém para segurá-lo).
Penso que poderia ser muito pior, se eu tivesse de obrigá-lo, várias vezes ao dia,  a ingerir água pela seringa, talvez não conseguisse dar a quantidade suficiente para diluir todos os cristais, o que agravaria o quadro clínico, levando a obstrução do canal.
Em algumas situações é necessário fazer lavagem na bexiga, onde o gato, durante o dia todo, é submetido à várias aplicações de soro na clínica veterinária. E consultório veterinário é sempre um estresse, imenso, para os gatos. Aliás,  tudo que saia da rotina deles.
Por isso tudo e pelo imenso amor que sinto por meus fofos, (tenho pavor de agulhas) optei em superar os meus medos e colocar a saúde e o bem estar do Miguel acima de tudo.
Aplico o soro no Miguel, em casa, tranquilamente. Sim tranquilamente! Basta estarmos tranquilos e não ter dúvidas.
Recomendo.
Você não imagina o bem que estará fazendo ao seu gato, com doença renal ou urinária, ao poupá-lo de idas e vindas para aplicações em consultório veterinário, ou obrigando ingestões, longas e generosas de água muitas vezes ao dia, e ainda correndo o risco da doença se agravar.
Tudo isso pode ser resumido por um ato de amor e que dura menos de 5 minutos ao dia e que é, sem sombra de dúvidas, o meio mais eficaz!!
Coragem!

 INFORMAÇÕES/ INFECÇÃO URINÁRIA:
Existem bactérias que se aproveitam de uma queda de resistência e colonizam uma parte deste caminho. Sintomas de infecção urinária são: febre, dores, aumento da freqüência urinária, diminuição da quantidade de urina em cada micção, ardência e aumento da ingestão de água. Os sintomas nem sempre aparecem juntos.
O problema fica complicado quando se formam cálculos urinários . Além das dores, os cálculos podem obstruir o caminho da urina, e impedir a micção. Se não tem como eliminar a urina, como é que o rim vai conseguir fazer seu trabalho de limpeza do sangue?
Obstruções são muito mais comuns nos machos, pois é no pênis que a uretra fica mais estreita.
Um gatinho indo diversas vezes seguidas a bandeja higiênica, já é motivo de correr para o veterinário. Os animais obstruídos, normalmente precisam ser operados, para remoção dos cálculos. Um dos sintomas que alguma coisa não está indo bem é a hematúria, que quer dizer, sangue na urina.

Cistite - É a inflamação da bexiga ou da uretra. A grande maioria não tem causas conhecidas, ou seja, não resulta da ação de um vírus ou bactérias (cistite idiopática).
Cálculos renais ou Urilitíase - Pequenas formações sólidas compostas por sais minerais que se formam  na bexiga, mas também podem ocorrer nos rins e uretra. O tratamento depende do tipo de minerais que compõem a pedra, já que o “diluente” a utilizar varia. Não raramente é contudo necessário remover cirurgicamente a pedra.
O mineral que mais contribui para a formação de pedra é o magnésio, visto que os cálculos mais comuns são compostos de estruvita.
Obstrução da uretra - Pode ser precipitada por cristalizações dos cálculos renais ou pela própria pedra que desce pelo canal urinário, mas acaba por ficar presa e impedir total ou parcialmente a saída da urina. Outra causa para a obstrução da uretra é inflamação repetida das vias urinárias que podem acabar por estreitar o canal por onde passa a urina.
Quando o bloqueio é total, os rins deixam de conseguir limpar o sangue das toxinas presentes do corpo. O gato acaba por perder a consciência e morrer devido, em última análise, a falha cardíaca. A morte pode ocorrer em menos de 48 horas.

 CONSULTE SEMPRE SEU VETERINÁRIO (A)!


sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Caboodle Ranch: O santuário dos gatos abandonados


Um paraíso na terra para os gatos. Um lugar que deixa qualquer pessoa amante de gatos ou dos animais em geral extremamente feliz. Depois que se passa uma vida inteira vendo os maus tratos aos animais, o sofrimento de gatos de ruas e muitas outras tragédias, conhecer o Rancho Caboodle - mesmo por fotos ou vídeo - é um colírio para os olhos, é um Oasis em meio ao deserto. E pensar que esse paraíso surgiu da idéia de uma única pessoa é fantástico.
A idéia do rancho ou fazenda para os gatos, que na verdade mais parece uma cidade dos gatos, localizada em Jacksonville, Florida, surgiu por acaso em 2003 e de lá para cá se expandiu para um verdadeiro santuário de 30 acres que abriga mais de 500 gatos abandonados ou sem lar. Seu fundador, Craig Grant, é que mantém o custeio quase que total do santuário. Esse senhor simpático grande amante dos animais vê toda sua felicidade e realização em ver a felicidade e boa vida que levam os gatos neste local.
Com muita habilidade e criatividade o próprio Grant construiu a maior parte do lugar e o mantém embora precise trabalhar fora para manter-se e aos gatos. A maioria dos gatos que vivem no local era gatos de rua ou abandonados que viviam vagueando sem teto. Outros ainda vieram parar no local porque por algum motivo seus donos não puderam ficar com eles.
A manutenção do rancho consume cerca de 6.000 dólares por mês, que Grant consegue às vezes com muito sacrifício, tudo para conseguir dar uma boa vida para os bichanos que tanto ama. Na verdade esse grande herói dos gatos afirma que às vezes ele nem tem dinheiro para comer, mas não deixa faltar aos gatos. Em seu blog – Um dia na fazenda – ele descreve os desafios cotidianos da manutenção de seus gatos, de suas preocupações quando tem que viajar e deixar os gatos e muitas outras coisas.
Apesar dos sacrifícios, e da pouca ajuda que recebe, os gatos são bem cuidados. Castrados, com atendimento veterinário para cada um deles, alimentação, água e um lugar de sonho que inclui árvores e até casinhas para abrigá-los das intempéries. Claro que com tudo isso os gatos o adoram, basta ver que o seguem por toda parte e o reconhecem de longe. É algo maravilhoso de se ver quando Grant está no meio deles.
Por incrível que pareça, a história desse homem maravilhoso e seus gatos nasceu por acaso. Aliás, ele nem sequer gostava de gatos. Eis como ele narra sua história no site Rancho dos Gatos.

 
Conheça a história contada por Grant, seu idealizador
Eu estava alugando uma casa de condomínio a dois passos da praia com meu filho. Tinha todos os confortos e conveniências do lar. Quarto mobiliado, a um curto passeio até a praia e perto do trabalho. Então, meu filho saiu por conta própria pela primeira vez. Ele deixou sua gata comigo, porque ele não podia levá-la com ele. Eu não gostava de gatos, mas concordei em ficar com ela. Eu não estava acostumado a ficar sozinho e a gata Pepper não era qualquer uma. Nós lentamente começamos nos dar bem. Alguns meses se passaram e eu descobri que ela estava grávida. Oh grande, e agora? Ela teve cinco gatinhos. Eu queria dar-lhes sumiço, porque eu não queria a minha linda casa destruída, mas meu filho disse-me que tinha que ficar com a mãe durante 8 semanas. Durante esse tempo eu aprendi que cada gato tem sua personalidade própria e não demorou muito para que os gatinhos estivessem balançando as minhas cortinas. Eu não me importava. Algo tinha mudado... Eu não queria abandoná-los.
Mas, com seis gatos, as reclamações começaram com o proprietário do condomínio e os vizinhos. Eu sabia que tinha que procurar outro lugar para ir. Eles não estavam seguros na vizinhança.
Encontrei um de meus gatos machucado e outro foi mordido por um pitbull que eu sei que foi solto para esse fim. Algo precisava ser feito.
Eu não sabia o que fazer em primeiro lugar, assim eu construí um barracão no quintal do meu filho e vivi nele por um tempo. Então eu encontrei um anúncio de um corretor de imóveis oferecendo cinco acres em uma fazenda com árvores; financiada direto do proprietário, a baixo custo mensal... O problema era que ele estava 100 quilômetros a oeste de Jacksonville.
Saí para ver e adorei. Ao longo dos próximos meses, eu comprei mais cinco terrenos. Agora tenho 25 acres.
Limpei uma pequena área e comprei um trailer como um refúgio para meus gatos. Eu coloquei nele uma porta de animal de estimação e prateleiras acolchoadas para eles. Nessa época eu tinha 11 gatos. Eu tinha ficado com gatos abandonados e errantes da vizinhança e das áreas que eu trabalho como um empreiteiro. Eu tinha 22 gatos até a primavera de 2004.
Não tenho mais nenhum dos meus móveis antigos; itens materiais não são importantes para mim mais. Meus gatos me fizeram mais feliz do que nunca. Eles realmente são os melhores amigos que eu já tive.
Caboodle Fazenda agora é um santuário permanente para os gatos que têm sido chutados por pessoas sem coração. Há muitas histórias tristes entre todos os gatos que eu adotei. Alguns quase morreram de fome, alguns deles se encontravam feridos. Eu vi muitos fechados em jaulas durante meses em abrigos de animais e fiquei com alguns deles também.
Os gatos devem ser capazes de andar livremente, e em Caboodle Ranch, é o que eles fazem. Estamos no meio de 100 hectares de fauna. Os gatos me seguem através das trilhas naturais que eu coloquei e mantenho, sobem em árvores fortes que eu construí e se escondem em tocas escavadas no subsolo que tenho feito para eles.
Todos os gatos foram esterilizados ou castrados, todos as vacinas são atualizadas e eu mantenho as visitas regulares ao veterinário para cada um deles. Eu viajo a 250 milhas de ida e volta várias vezes por semana para trabalhar e voltar para manter um porto seguro para se viver. Cada um dos meus gastos saíram do meu próprio bolso e faço com muito pouco para que eu possa dar-lhes uma vida feliz, mas nem sempre é fácil.













Vômitos em gatos

 
Todo proprietário de gatos já se deparou com uma surpresa não muito agradável em alguns lugares também não muito comuns: o vômito. Esta é uma queixa bastante comum especialmente na clínica de felinos. Na maioria das vezes há raros episódios, com intervalos de tempo espaçados, que normalmente não tem muito significado clínico quando não está acompanhado de outros sintomas. Porém, se seu bichano vomita pelo menos uma vez por semana, é necessário levá-lo ao veterinário para um check-up e tentar descobrir qual a causa deste sintoma. Observe qual o conteúdo do vômito e se há algum outro sintoma, como a perda do apetite, emagrecimento, diarréia e prostração.
Estamos falando aqui de ocorrências únicas diárias de vômitos, alternados com grande espaço de tempo sem qualquer alteração (quadro crônico), e não quando seu gato começa a vomitar várias vezes num mesmo dia (quadro agudo), pois neste caso você deverá levá-lo imediatamente ao veterinário, para que ele não desidrate.
Alguns animais logo após se alimentarem expelem o alimento ingerido. Isto é chamado de regurgitação, pois o conteúdo não chegou ao estômago e, normalmente, é eliminado com uma forma cilíndrica (forma do esôfago) e o alimento não está digerido. É comum após a regurgitação o gato ingerir este conteúdo novamente (eca! não se assuste, este é um comportamento normal). No caso do vômito, o animal elimina secreção gástrica, a consistência é mais aquosa e pode haver bile, possui um odor um tanto característico e o que foi ingerido pelo gato se encontra digerido.
A recorrência do vômito em gatos pode ter várias razões, pode não ter significado clínico, ou indicar ingestão excessiva de pêlos, por falta de escovação ou por alteração comportamental (o gato arranca os pêlos compulsivamente), ou, ainda, por problemas como alergia alimentar, gastrite, ingestão muito rápida de alimentos, lipidose hepática, obstrução intestinal e outros. Vamos comentar aqui as causas mais freqüentes.
Pêlos: A formação de bolas de pêlo no estômago é a principal causa de vômito. Os gatos ingerem pêlos ao se lamberem e, algumas vezes, esses pêlos causam no estômago alterações na motilidade e irritação da mucosa gástrica (gastrite). A forma simples de se evitar ou minimizar o problema é a escovação diária, a favor e contra o sentido do pêlo. Gatos de pêlos longos apresentam mais problemas, mas os de pêlo curto padecem do mesmo mal. Além da escovação há alguns produtos que ajudam o felino a expelir as bolas de pêlo.
Alergia alimentar: Mudanças súbitas na dieta como a troca de ração também podem desencadear vômitos. Observe se a ocorrência do problema está ligada a estas causas e converse com o veterinário. Existem rações hipoalergênicas no mercado (para animais sensíveis), que diminuem ou evitam a intolerância alimentar. Às vezes uma simples mudança de ração já resolve o problema.
Corpo estranho: Devido à curiosidade dos gatos, existe a possibilidade de ingestão de objetos que podem obstruir o trato digestivo e ocasionar vômitos. O mais comum é a ingestão de corpos lineares (fios, linhas ou barbantes). Esta é uma condição séria, que requer intervenção cirúrgica, mas que pode se iniciar com vômitos esporádicos. Para o correto diagnóstico são necessários radiografias, ultra-sonografia e um exame clínico apurado.
Existem outras causas de vômitos em gatos, como: parasitismo (vermes), pancreatite, distúrbios hepáticos, infecções, medicamentos, toxinas ou plantas. Se você se depara com vômito esporadicamente, mas o apetite, a atividade e o comportamento de seu animal são normais, não há necessidade de preocupação. Faz parte do nosso convívio com eles (embora não seja a parte mais agradável!), mas, se vem acontecendo com freqüência, não hesite em contatar o veterinário. Esta é a atitude mais correta a ser tomada. Seu bichano agradece!
Dra. Patrícia Nuñez Bastos de Souza, médica veterinária.
Publicado por: Revista Pulo do Gato

 

Digestão dos gatos


O sistema digestivo quebra os alimentos em moléculas, que são absorvidas pela corrente sanguínea, e age como barreira contra bactérias ou outros agentes prejudiciais à saúde que o gato pode ingerir. O sistema digestivo do gato é parecido com o nosso, mas sua dieta carnívora originou algumas diferenças: ele não precisa do ceco para ingerir fibras, e o intestino é curto em comparação com o dos herbívoros, como carneiros, ou dos onívoros, como os humanos.
Os dentes afiados cortam a carne e a língua áspera descola o músculo dos ossos.


A saliva lubrifica o alimento engolido; este desce pelo esôfago até o estômago, onde é desfeito pelo ácido e enzimas. O estômago também secreta muco para se proteger, e ao intestino, contra o dano desses sucos gástricos. O duodemo recebe a bile, capaz de dissolver a gordura, da vesícula biliar, no fígado, e enzimas do pâncreas. A digestão prossegue ao longo do intestino delgado; os nutrientes são absorvidos pelas paredes intestinais. O sangue transporta esses nutrientes até o fígado, o maior órgão interno, que os processa, gerando ácidos graxos e aminoácidos, os componentes mais essenciais à vida.

O reflexo corretivo

Os gatos fazem parecer fácil: pulando ou caindo de alguma estante alta ou qualquer móvel para pousar graciosamente nas suas quatro patas.
Mas há um esforço felino complicado que ocorre nessas quedas tão estilosas.
Os gatos têm um senso de equilíbrio altamente apurado e uma espinha muito flexível (porque eles possuem mais vértebras que os humanos), o que os habilita a girar seus corpos para corrigir sua posição enquanto caem, uma habilidade inata conhecida como “reflexo corretivo”.
Quando um gato pula ou cai de um local alto, ele usa sua visão ou seu labirinto (sistema de equilíbrio localizado no ouvido interno) para determinar o que é acima ou abaixo e então gira seu tronco para que as patas fiquem para baixo. A sua traseira segue o movimento.
Mesmo os filhotes podem cair sem medo, pois a maioria aprende a dominar a habilidade quanto possuem apenas 7 semanas de vida.
Os gatos também são ajudados nas quedas pelos seus pequenos corpos, estrutura óssea leve e pêlo espesso o que diminui a velocidade de queda e suaviza o impacto. Alguns gatos também “achatam” seus corpos como um pára-quedas, para criar mais resistência ao ar e cair mais vagarosamente.
Se você tem um gato, tome cuidado ao abrir as janelas, no entanto. Um pássaro pode facilmente distraí-lo o suficiente para que ele perca o equilíbrio – eles ainda assim podem ferir-se em quedas mesmo quando pousam em suas patas. Quedas menores, de um a dois andares, podem ser mais arriscadas que as mais altas, pois ele pode não ter tempo suficiente para endireitar-se.

Fonte: LiveScience

      Foto:
1.       Os órgãos do equilíbrio nos ouvidos registram a desorientação
2.       A cabeça começa a girar em busca do equilíbrio simétrico
3.       Os membros dianteiros se estendem para ajudar na orientação
4.       Rotação traseira quase completa
5.       O gato está pronto para aterrissar

Meça a "inteligência" do seu gato


Use este teste para ter uma indicação da inteligência geral de seu gato.

Pontuação: nunca = 0, às vezes = 5, sempre = 10

1. Meu gato é autossuficiente e sabe se virar por conta própria (  )
2. Meu gato muitas vezes tenta me manipular para conseguir o que quer (  )
3. Meu gato é investigador, curioso e alerta (  )
4. Meu gato entende e reage a meu humor, sentimento ou emoção (   )
5. Meu gato fica confiante e calmo quando entram estranhos em casa (  )
6. Meu gato sabe seu nome e vem quando eu chamo (   )
7. Meu gato resolve diversos problemas, como abrir um armário (   )

TOTAL
0-25 - é possível melhorar
26-49 - intelecto razoável
50-70 - gato genial

fonte: FOGLE, Bruce. Gatos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, Ed. 2010

Os gatos sonham?

Ao dormir, o gato movimenta as patas, contorce os bigodes e sacode a cauda; talvez até resmungue ou rosne. Diz-se então que está em sono profundo, "ativo" ou REM (movimento rápido dos olhos). Nesse estágio, os impulsos elétricos do cérebro ficam tão ativos como durante a vigília, o que permite concluir que os gatos sonham tanto quanto nós.
Os gatos adoram dormir. Em média, descansam cerce de 18h por dia. Alguns dizem que, nesse período, eles ensaiam potenciais ações corporais, como a reação de "luta ou fuga".

fonte: FOGLE, Bruce. Gatos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, Ed. 2010

Você quer comprar um gato persa?


Se você deseja comprar um gato persa é importante que tenha alguns cuidados.
A primeira coisa a fazer é EXIGIR o teste de PKD, ou do filhote ou dos pais do filhote. (rins policísticos), além de FIV (aids felina) e Felv (leucemia). Ambas, doenças graves e sem cura.
Ontem fiquei admirada e indignada. Explico: fui à um Pet comprar medicamentos para meu gato persa, Miguel, que está com problemas urinários e lá havia gatinhos, filhotes, de persa para venda. (R$ 600,00).
A primeira coisa que me chamou a atenção foi  a caixa de areia deles, as fezes estavam pastosas (um péssimo sinal).
Em seguida perguntei à funcionária do Pet se os gatinhos eram testados para PKD e pasmem!! Ela me respondeu o seguinte:
"GATOS PERSAS - SEM PEDIGREE - NÃO PRECISAM SER TESTADOS!"
ATENÇÃO!!
PEDIGREE é uma coisa,(documento que atesta a ascendência
de um animal de raça)  não é doença!
  PKD é outra coisa, muito diferente, PKD é uma doença fatal!
Para diminuir a incidência de PKD é de suma importância que as pessoas sejam conscientizadas.
Infelizmente, não há interesse de empresas de ração, "donos de gatis/amadores", e "criadores caseiros/inábeis", de gatos persas, em divulgar essa doença LETAL.
Muitos nem sabem o que é! (logo, não conhecem nada desta raça e NADA DE GATOS).
Claro, há as exceções e há muitos gatis sérios e responsáveis.
Tentei à alguns meses fazer uma campanha com a parceria de uma grande empresa de rações do mercado. Rações super premium!! Tudo que  queria era um apoio para impressão de panfletos de conscientização sobre o PKD e em contrapartida a divulgação da ração renal dessa empresa.
Obviamente a empresa não teve interesse algum. Quanto mais gatos com doença renal, talvez seja mais lucrativo...
Enquanto isso, proprietários de gatos persas gastam muito dinheiro com ração, remédios, tratamento, veterinário, exames, etc.
O que  acho mais grave é o sofrimento, a dor que nossos gatos sentem, sem contar o sofrimento que nos causa. O dinheiro, nessas horas, é o de menos. Sempre daremos um jeito pois, tudo que queremos e ver nossos filhos bem. Além disso,  o veterinário (a)  também sofrerá, muito, também. Sofrerá pela doença, que não tem cura, por acompanhar o gatinho  sem poder fazer muito, e claro, (veterinário(a) amante de felinos)  sofrerá por nosso sofrimento.
Nós, gateiros, proprietários de gatos, loucos por gatos, elurófilos, fazemos tudo por nossos gatos.  Isso precisa acabar!
E como fazer?
Exigindo o teste de PKD.
NÃO COMPRE GATOS PKD POSITIVO.
Só isso fará com que criadores cessem a reprodução.
A doença é muito triste, os cistos vão evoluindo e nada podemos fazer. Não existe transplante renal, no Brasil, para felinos.
Os persas são extremamente dóceis, delicados, carinhosos e meigos.
Amo gatos e amo persas também! Recomendo persas para todas as pessoas, principalmente, pessoas que querem gatos mais quietos, que não sobem, muito, em lugares altos, gatos pouco agitados. e bem silenciosos.
Quero ter meus SRD's, sempre, e meus persas também.
Não desejo à ninguém o sofrimento que sinto por não poder fazer NADA pelo Batatinha. Só acompanho trimestralmente a evolução dos cistos, com exames. É muito doloroso.
Deixo aqui a minha indignação e espero que muitas pessoas pensem, investiguem muito o criador, as condições de higiene (pois, muitos gatos saem de gatis infestados de doenças, no persa é muito comum fungos na pele), e solicitem, por favor,  o exame de PKD, antes de adquirir um gato persa. (há outras raças que precisam, também, ser testados).
O criador poderá dizer que é um teste genético e que não existe no Brasil, etc. (existe sim).  O diagnóstico, também,  pode ser dado por ultrassom.
O exame, do Batatinha,  acusou cistos  quando ele tinha 8 meses, um cisto de 2mm. Hoje ele tem muito mais e cistos bem maiores, além de ser nos dois rins.
Gato persa sem ser testado é um sério problema.


Bem, agora se você se interessou em saber mais sobre a doença, leia o texto abaixo:
A doença dos rins policísticos não tem cura e é letal.
Todas as raças derivadas ou portadoras de linhagens de sangue do persa, bem como o próprio persa, apresentam maior propensão à doença (prevalência estatística). Filhotes destas raças devem apresentar exames negativos para PKD, que indiquem ausência da mutação.
Donos de gatil e pessoas que pensam em reproduzir gatos persas devem se preocupar em testar o plantel para verificar se há  gatos PKD. A realização do diagnóstico precoce, antes da reprodução, visa controlar e erradicar esta doença da espécie felina.
 A instituição de programas de reprodução adequados em criatórios e gatis, são de extrema importância para reduzir a propagação da doença na população felina. Gatos PKD devem ser castrados para não haver procriação.O PKD acarreta no surgimento de cistos nos rins que crescem progressivamente no parênquima renal levando à compressão e ao comprometimento deste, causando um quadro de insuficiência renal, irreversível.
Não se trata de doença contagiosa, mas sim hereditária.
O diagnóstico pode ser feito de maneira nada agressiva, por meio de ultra-sonografia de boa qualidade e alta freqüência (com transdutores de 7,5 a 10 MHz), ou através de exames de DNA.
Ao adquirir um gato persa, ou mestiço de persa,  solicite, do criador, o exame de negativo para PKD, bem como, Leucose Felina - Felv (Leucemia) e Imunodeficiência Felina - FIV (*AIDS Felina). Ambas incuráveis e que atingem toda espécie felina.
É de extrema importância conhecer, pessoalmente,  as condições do gatil e os cuidados do criador com o plantel.  (o gato persa é muito delicado e exige um maior cuidado, principalmente de higiene, já que muitas doenças se desenvolvem pelas más condições desta, como: fungos, vermes, pulgas, sarna de ouvido, otite, giárdia, doenças de pele, dentre outras doenças).
Com alguns cuidados é possível ter um companheiro persa por muitos e muitos anos.
Alguns dos sintomas clínicos do PKD  são: (quando o gato já está bem mal, fase aguda)
  • Depressão,
  • Perda ou redução do apetite,
  • Sede demasiada,
  • Micção excessiva e
  • Perda de peso
Consulte,  sempre, seu veterinário (a)
*não é transmissível a humanos.
Texto: Renata Porto
correioeletronico.renata@gmail.com
Batatinha